MEC confirma Enem 2011 para os dias 22 e 23 de outubro
Lauro Neto e Fábio Fabrini, com informações da Agência Brasil RIO - O MEC confirmou que a edição deste ano do Enem será realizada nos dias 22 e 23 de outubro. O edital do exame e os calendários de 2011 e de 2012 devem ser divulgados na próxima quinta-feira, dia 19. A intenção é de que haja duas edições da prova já no ano que vem, mas a data especulada de 5 e 6 de maio para a primeira edição não está confirmada. É possível que ela seja antecipada para o último fim de semana de abril. Com uma prova marcada para o primeiro semestre de 2012, confirma-se a intenção do MEC em aplicar duas edições do Enem por ano. O objetivo é facilitar a adesão dos estudantes, além de evitar os problemas de logística e segurança dos anos anteriores. Com duas edições, os interessados poderão escolher a melhor data para fazer o Enem ou mesmo, após passar pelas duas avaliações, usar a melhor nota para entrar na universidade. Também evita-se a coincidência com vestibulares de grandes instituições. Para o MEC, a vantagem é ter menos gente participando a cada rodada, o que facilita a preparação. O ministério salienta que nos Estados Unidos, por exemplo, há nove edições do exame que permite ingresso no ensino superior. O edital do exame deve trazer ainda novas medidas para garantir a segurança da prova. Uma delas é tornar obrigatório o recolhimento de celulares e outros aparelhos de comunicação logo na entrada das salas de aula, o que permitiria excluir da prova quem for flagrado com esse tipo de equipamento. Antes, o aparelho não era recolhido, o candidato era apenas orientado a desligar os aparelhos eletrônicos. O uso de lápis e borracha poderá ser liberado (hoje é proibido). Outra medida em análise prevê a fixação de prazo para que os participantes verifiquem se há erros de impressão nas provas e possam solicitar novo caderno de questões. Em 2009, o MEC deu início a um projeto de substituição dos vestibulares tradicionais pelo Enem. A partir do resultado da prova, os alunos se inscrevem no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e podem pleitear vagas em instituições públicas de ensino superior de todo o país. No ano passado, foram ofertadas 83 mil vagas em 83 instituições, sendo 39 universidades federais. A participação no Enem também é pré-requisito para os estudantes interessados em uma bolsa do Programa Universidade para Todos (ProUni). Os benefícios são distribuídos a partir do desempenho do candidato no exame e podem ser integrais ou parciais, dependendo da renda da família. Para participar do programa é necessário ter cursado todo o ensino médio em escola pública ou em colégio privado com bolsa integral. Em 2010, mais de 4 milhões de candidatos se inscreveram para participar do exame. Questões No dia 28 de março o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pela elaboração do Enem, abriu cadastro (feito até 15 de abril) para as instituições públicas de ensino elaborar e revisar questões para a prova do Enem 2011. A intenção do Inep é aumentar o número de questões do Banco Nacional de Itens (BNI) em menos tempo e transferir às universidades públicas conhecimentos sobre avaliações em larga escala. A meta é que o BNI tenha, no mínimo, 20 mil itens por área do conhecimento. Enem vai substituir Enade A partir deste ano, os alunos que tiverem participado do Enem de 2009 ou 2010 não serão obrigados a fazer a prova do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) , que é aplicado a alunos ingressantes e concluintes de cursos superiores de instituições públicas e particulares. Na edição deste ano, cujas provas estão marcadas para 6 de novembro, serão avaliadas 26 graduações e cursos tecnológicos. A substituição vai valer apenas para os alunos que estão entrando no curso superior. A substituição do Enade de ingressantes pelo Enem é uma demanda antiga das instituições de ensino. A participação no Enade é obrigatória - quem não comparece fica impedido de colar grau ao final do curso - mas o desempenho do aluno na prova não interfere no seu currículo. Sem esse compromisso, as instituições defendiam que a nota do curso ficava comprometida.