O pouco que me faz bem

19/05/2011 00:05

 

Leonardo Silvério Sevilhano

 

 

        Penso no pouco que me faz bem. Andando pelas ruas noto que a maioria das pessoas estão de mal com a vida. Reclamando sem parar, almejando bens materiais apenas, para serem felizes. Posso não ser muito diferente, mas me contento com pouco, uma boa garrafa de uísque, um maço de cigarros e minha velha máquina de escrever já me é suficiente. Porém, a meu ver, é mais difícil se viver desta maneira, simples, do que viver desejando o carro do mês, o celular do momento etc... O que me faz pensar dessa maneira é esta sociedade cada vez mais consumista, que obriga a todos que trabalhem em fábricas, supermercados, hotéis até morrerem, ou quase isso. Como disse Freud: “somos feitos de carne, mas somos tratados como máquinas.”.

        O que é a felicidade, afinal? Um saco cheio de dinheiro? Um carro importado? Ou uma noite de intenso, porém sem significado prazer? A felicidade é ilusória. “Busque a felicidade”, nos dizem, ao Diabo com isso! Tentam-nos vender felicidade como se fosse uma pílula que tomamos e estivéssemos com êxtase de alegria.

         Por mais duro que seja, por mais cega e manipuladora que nossa sociedade seja, eu vou lutar e não importa o quanto demore. Vou ser quem sou, viverei como quero, permanecerei de pé perante as consequências de minha “vida perdida”. Sou apenas outra garrafa vazia.