Rede Pernambucanas deverá pagar R$ 2,3 milhões, por trabalho escravo
Rede Pernambucanas deverá pagar R$ 2,3 milhões, por trabalho escravo
A rede de lojas Pernambucanas deverá pagar cerca de R$ 2,3 milhões em multas e encargos trabalhistas, depois de ser autuada por exploração de trabalho semelhante ao escravo. De acordo com o site Repórter Brasil, fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego libertaram 16 bolivianos, na cidade de São Paulo, que atuavam na fabricação de roupas de uma marca da rede.
As vítimas cumpriam jornada de mais de 60 horas semanais e recebiam, em média, R$ 400 por mês. Além da degradação do ambiente e das condições de trabalho que colocavam em risco a saúde e a segurança, os fiscais constataram a servidão por dívida, adquirida com a compra de passagens de vinda para o Brasil.
Na oficina não foi encontrado nenhum extintor de incêndio, apesar de os tecidos serem materiais inflamáveis. Na geladeira, foram encontrados alimentos com a data de validade vencida. Os trabalhadores tomavam banho gelado e dormiam amontoados em apenas dois dormitórios improvisados entre as máquinas de costura.
Em agosto do último ano, umas das fornecedoras da Pernambucanas também foi autuada pela prática de trabalho semelhante ao escravo. As peças que eram fabricadas pelos imigrantes saíam da oficina pelo valor de R$ 4,30 e eram vendidas ao consumidor final por até R$ 80.
De São Paulo, da Radioagência NP, Jorge Américo.
04/04/11